fbpx

Os desafios da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho

Texto: Caroline Gonçalves

Na pandemia de covid-19, grande parte da população perdeu o emprego ou não conseguiu uma vaga no mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2021. A comunidade LGBTQI+ está entre as estatísticas.


Segundo o portal Catho, uma pesquisa realizada pelo Center for Talent Innovation, constatou que 33% das empresas existentes no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia, e 41% dos funcionários LGBTQIA+ afirmam já terem sofrido algum tipo de discriminação em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho.


Esse é um dado que reflete diretamente o quanto o mercado de trabalho ainda é um ambiente que precisa evoluir em questões de diversidade. Por isso é muito comum trabalhar com pessoas que mantêm sua orientação sexual e identidade de gênero em segredo para não serem vítimas de preconceito por parte dos colegas de trabalho.


Ana, por exemplo, é jornalista, tem 28 anos, trabalha na área de comunicação e relata ter passado por alguns tipos de preconceito. “No mercado de trabalho, eu dei sorte de estar em uma área em que nunca precisei esconder ou omitir nada relacionado a minha sexualidade, mas em alguns momentos específicos passei por situações constrangedoras. Sempre trabalhei em ambientes em que as pessoas se sentiram confortáveis para fazer piadas de todos os tipos, mesmo que em tons de brincadeira”, explica.


Ela conta também que quando está por perto, ainda sim não deixam de fazer piadas homofóbicas e até mesmo racistas e gordofóbicas e quem acha ruim, é taxado de chato e de inconveniente, já que são apenas "piadas". Além disso, Ana já trabalhou em locais que exigiam certo tipo de vestimenta sem nenhuma necessidade, principalmente roupas “mais femininas” quando estava usando cabelo curto.


“Engraçado que é algo que acaba ficando tão internalizado na gente, que quando paro para lembrar de entrevistas de emprego, sempre fiz o possível pra me encaixar em determinado padrão só para mascarar ao máximo o meu jeito e consequentemente, a minha sexualidade”, relata.


Esconder quem você é não é saudável. Além do mais, viver nesse dilema traz problemas sérios de saúde principalmente pra quem sobre preconceito, homofobia. E diante disso, pessoas LGBTQIA+ possuem mais riscos de desenvolverem depressão entre outras doenças ainda mais graves.


A luta não pode parar aqui. Todos merecem respeito e um lugar de trabalho digno e que valorize o profissional do jeito que ele é.


Fonte: Site Estácio

Compartilhe nas redes sociais

Facebook
Twitter
Pinterest
WhatsApp

Outros posts

Conheça o PodPas

Conheça o PodPas Chegou o PodPas, o mais novo podcast que vai trazer diretamente da nossa equipe de

Use e abuse dos materiais que podem te ajudar a estudar mais para o Enem

Use e abuse dos materiais que podem te ajudar a estudar mais para o Enem Busque canais no

O que eu, como professora do Jovem de Expressão, aprendo com os meus alunos?

O que eu, como professora do Jovem de Expressão, aprendo com os meus alunos? O grande barato da

Últimos posts

Aulas de violino gratuitas!

Especialização e oportunidades no mercado criativo

Vagas para mutirão de direitos

plugins premium WordPress
Entre em contato e tira suas dúvidas.